segunda-feira, 22 de agosto de 2011

POR QUE AS PESSOAS TRAEM?

Na maioria das vezes, a traição acontece quando o relacionamento não atinge mais as expectativas. A pessoa trai porque está em busca de algo mais que a relação não esta oferecendo. É nessa fase que o diálogo entre o casal quase não existe.

A pessoa que trai busca uma saída, uma solução, aparentemente mais fácil. Existem muitas razões para a traição: questões culturais, a busca pelo novo, carências, insatisfação, vingança devido à sensação de estar sendo traído, ou mesmo pela sensação de poder.

As mulheres que são traídas aceitam e lidam melhor com a traição por dependência emocional e até mesmo financeira. Por medo de ficarem sozinhas, quando as mulheres descobrem a traição, tendem a esconder a dor e adotar uma postura de “mãe compreensiva” e perdoam, mesmo que tenham brigado antes.

Essa atitude pode provocar no parceiro que traiu um sentimento maior de dor e remorso. Aliás, podemos verificar na maioria das pessoas que traem esse sentimento de culpa, que pode ou não causar dor.

Os homens quando são traídos fazem o possível para fingir que não sabem, pois, se souberem, terão que tomar uma atitude perante a sociedade que aceita e justifica muito mais a traição masculina do que a feminina. Pode-se dizer que as mulheres brigam e os homens se envergonham.

É muito difícil suportar a infidelidade, a dor de ser traído, de ser enganado. Por isso, há a dificuldade de perdoar e superar o ocorrido.

As relações que têm traições possuem algumas características em comum, a mais frequente é o “tédio” do casamento ou da relação; outra seria a falta de comunicação, quando o casal mal se fala, apenas trocam monossílabas. E a principal é o desinteresse sexual, a falta de tesão mesmo.

As traições se devem a essa nova realidade: onde as pessoas ficam sem compromisso?

Freud estava certo. O pai da Psicanálise escreveu que existe uma grande dificuldade no ser humano em integrar a sexualidade ao resto de sua vida, ao casamento e ao amor. Para muitas pessoas parece até que a vida se resume nessa questão: “Trair ou ser Traído”. Atualmente, a situação de “ficar”, de não ter compromisso, só vem a reforçar e a estimular esse comportamento.

Vale a pena continuar o namoro após uma traição?

Diante da constatação da traição, vale a pena, antes de tomar uma medida precipitada, de ter uma crise nervosa, conversar com o parceiro e esclarecer toda a situação. Se a traição aconteceu, é porque algo não vai bem na relação, está faltando alguma coisa.

A pessoa traída não deve nesse momento se sentir culpada e nem vítima da situação. O mais importante agora é descobrir o que levou o seu companheiro a agir dessa maneira. Escute o que ele tem a dizer e faça uma avaliação da situação, se vale à pena continuar ou não.

É muito difícil perdoar uma traição. Perdoar ou não depende de cada pessoa ou do tipo de relação que existe. Caso a decisão seja por perdoar e continuar o namoro, não relembre o assunto a cada discussão. Usar a traição sempre como arma em outras discussões só trará estresse e desgaste para a relação. Perdoar é esquecer.

Se não houve esquecimento, não houve perdão. Então, o melhor a fazer é terminar o relacionamento.

Homem trai mais que mulher? Por quê?

O que acontece é que os homens idealizam a mulher perfeita em todos os aspectos, e as mulheres desejam um homem que as ame, apóie e as ajude, colocando assim muita expectativa na relação o que pode gerar muita frustração e decepção, facilitando a traição. Homens e mulheres lidam com a questão da traição de formas distintas.

De uma forma geral o homem trai mais. Pode ser por questões ligadas ao sexo, por uma forte atração física, uma oportunidade inesperada e imperdível ou até mesmo por puro exercício de masculinidade.

Em uma sociedade predominantemente machista, os homens são educados para não desperdiçarem nenhuma oportunidade, provando assim que são capazes de seduzir qualquer mulher.

Por estes aspectos é que podemos dizer que geralmente a traição masculina não está ligada ao amor, raramente tem relação com questões afetivas e emocionais. No entanto a mulher quando trai, é por que de alguma forma a relação não vai bem, não a satisfaz, a motivação para a traição está mais ligada ao amor e ao afeto. Pode também haver a traição por vingança, por sentir que está sendo passada para trás.

Como evitar uma traição?

Não existe uma receita, uma formula, o ponto principal é evitar o tédio e a rotina, mantendo a chama do amor e do interesse sexual. O dialogo é muito importante, falar principalmente sobre as dificuldade e divergências, não permitindo assim o acumulo de magoas, ressentimentos e frustrações.

Qual é a melhor companhia nessa situação?

Nesses momentos nada como um ombro amigo, alguém em que você confia. Mas muitas vezes, quando se trata de superar uma infidelidade, ou até mesmo uma dor muito grande gerada pela perda do parceiro,é melhor buscar ajuda profissional do que os conselhos de um amigo.

Um psicólogo, através da terapia, poderá proporcionar as condições, os recursos, a neutralidade e a experiência necessárias para superar o problema.

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terça-feira, 26 de abril de 2011

Parentes Difíceis. O que fazer?

Parentes difíceis, aquelas pessoas que amamos, mas que intoxicam nossas vidas a ponto da convivência se tornar um martírio. Morando sob o mesmo teto ou não, não há como fugir à convivência com estas pessoas. Afinal, não existem ex-pais, ex-irmãos, ex-mães, ex-filhos.

Um dos maiores erros nossos é nos deixarmos em último lugar. Quem já não se pegou ao menos pensando “Assim que terminar de limpar a casa vou descansar” e o fim de semana chega ao fim anunciando mais uma semana de trabalho e você não descansou nada, pois estava ocupada demais limpando, arrumando e cozinhando?

Ou, então, perdeu toda a paz preocupada com problemas familiares, picuinhas entre mãe, irmãos, pais? Ou pior ainda, a colocaram no meio das picuinhas familiares que, muitas vezes, você não teve nada a ver o problema e nem estava lá. Mas sobraram os “respingos” da peleja familiar, como a guerrinha de nervos que todos conhecem bem, do não falar contigo, ou então “como você pode deixar ela/ele falar assim comigo, olha só o que ela me disse quando você esteve fora, não vai me defender?”. Todos algum dia já passaram por isso ou ainda passam. E o que fazer?

Você, em primeiro lugar, não se deixe em último lugar. Sem culpa, nem obrigação, vá descansar, faça algo que gosta, preencha sua vida com coisas que tenham significado para você e lhe tragam prazer. Vá fazer um artesanato, meditação, caminhe pelo parque ou leia um livro. Fique tranqüila que a sujeira da casa não vai sair de lá, as guerrinhas familiares também estarão lá quando você voltar.

Não se deixe envolver pela culpa e pelo vitimismo dos outros. Pessoas manipuladoras, principalmente familiares próximos, costumam apelar para o seu sentimento de culpa imputado em seu subconsciente durante anos (ficam quietinhos em seu canto, deixando claro seu mal-estar e profundo aborrecimento com alguma coisa que está ocorrendo no lar) ou, então, através de uma postura de suposta “vítima” capaz de falar claramente coisas do tipo “você vai acabar me matando...”, “não dormi a noite toda esperando você chegar...”, etc. Essa tentativa (e sucesso) da pessoa manipuladora e histérica em conseguir quase tudo através da mobilização emocional dos demais membros da família causa, crônicamente, um expressivo sofrimento emocional aos familiares.
Como lidar com isso? Tenha paciência e não se deixe envolver. Quem tem o controle remoto da sua vida é você, portanto, é você que vai decidir se isso vai te atingir ou não, se você vai dar ouvidos ou não. Quem se magoa é você, não são os outros que te magoam.

É preciso colocar limites. Independentemente do grau de parentesco, a pessoa intrometida precisa de limites. Limites claros e coerentes. É perfeitamente possível fazer isto com educação e respeito com qualquer pessoa da família. É preciso ficar claro que quando se impõe limite ao intrometido não lhe está tratando mal, apenas se está disciplinando e zelando pelo bem e harmonia da convivência. Obviamente, não vá achar que a pessoa vai reagir a essa repentina mudança de atitude sua (ao impor limites claros e coerentes) como uma pessoa com maturidade emocional. Você vai ter que ser um líder calmo e assertivo, paciente e perseverante. Quem disse que ia ser fácil?
Boa sorte!